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segunda-feira, 18 de maio de 2009

QUANDO CHOVE NO SERTÃO

ESTE POEMA É DE AUTORIA DE ZÉ BEZERRA
E FOI EXTRAÍDO DO BLOG:

www.sertaocaboclo.blogspot.com

Quando começa a chover
Neste sertão nordestino
Desde o idoso ao menino
Todos vibram com prazer
Começando a perceber
No clima a transformação
Vê-se a vegetação
Recebendo um novo terno
É início de inverno
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.

Canta alegre a passarada
Na copa do arvoredo
Sertanejo acorda cedo
Ainda de madrugada
Ao ver a terra molhada
Tem grande motivação
Planta a semente no chão
Alegre não se maldiz
Só porque fica feliz
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.

A paisagem se renova
No começo das chuvadas
As primeiras enxurradas
Vão trazendo a água nova
Onde o peixe desova
Fazendo a procriação
Vaqueiro veste o gibão
Tange o gado dando grito
Seu aboio é mais bonito
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.

O inverno a todos faz
O mais importante bem
Em oito dias já tem
Pasto para os animais
Carro pipa não traz mais
Água ruim de cacimbão
No baixio e chapadão
De repente o mato cresce
A seca desaparece
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.


O camponês pra valer
Na terra pronta semeia
Já tendo a cisterna cheia
Com a água de beber
Em pouco tempo vai ter
Que fechar a plantação
De arroz, milho e feijão
Fava e outros cereais
Só algodão não dá mais
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.

Quando canta o sabiá
Nambu grita em toda altura
Voa alto a tanajura
Do oco sai um gambá
A minhoca, o embuá
E a gia no cacimbão
O peba escavaca o chão
A rã coaxa no pote
Saltam bodes no serrote
QUANDO CHOVE NO SERTÃO.

Autor: Zé Bezerra

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