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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Matéria publicada no blog "O MESSIENSE"

PATRIARCA CELEBRA 80 ANOS DE VIDA



Referindo-se ao homem do campo do Nordeste do Brasil, alguém disse que o sertanejo é antes tudo um forte. Um exemplo dessa verdade é Cícero Romão de Andrade, filho de Cirino Andrade Nunes e Ana Felipe de Andrade Nunes.

Aos 30 dias do mês de agosto do ano de 1930, nascia em Patu Cícero Romão de Andrade, que por sua enorme gula por arroz de leite, foi apelidado por uma de suas irmãs, ainda menino, como “Cícero Arroz”.

Ainda jovem, casou-se com Rita Rocha de Andrade, bela moça que conheceu na zona rural de Olho D água do Borges, próximo a Umarizal. Desse casamento nasceram os filhos Fátima Andrade, Aparecida Andrade, Nélbia Maria de Andrade, Maria do Socorro Andrade, Antonio Rocha de Andrade, José de Anchieta Andrade, Ana Maria de Andrade, Vera Lúcia de Andrade e Maria da Glória Rocha de Andrade.

Cícero Andrade, aniversariante, e sua esposa Rita Rocha (foto: PATUNEWS)

Para criar tão numerosa família, Cícero passou a maior parte da sua vida trabalhando no campo, no Sítio Jatobá e noutras localidades rurais de Patu e, às vezes, também fora de Patu. A necessidade e os duros tempos de estiagem, tão próprios da região, ditavam-lhe o lugar e a forma de trabalho.

Valente, ele porém nunca se curvou às adversidades naturais. Nos tempos de bonança, chegou a arriscar a arte de pequeno comerciante, fazendo-o no Sítio Jatobá, onde montou uma famosa bodega. Enfrentava, além das dificuldades próprias do comércio, as travessuras dos netos Gledson Solano de Andrade (“Gledinho”) e William, que vez por outra inventavam de experimentar, sem pedirem, uma coca-cola ou outra guloseima da pequena mercearia. Nada de mais, afinal eram meninos e, além disso, netos.

Aliás, netos Cícero “Arroz” tem em grande número, graças a Deus. Ao todo, são vinte e dois, muitos já casados e com suas famílias, e outros ainda pequenos, começando a vida, como são os casos de Luiz André e Letícia.

Chegando aos oitenta anos, Cícero contabiliza também, graças a Deus, a existência de nove bisnetos (a mais recente é Priscila Juliana), com anúncio de mais uma, prestes a chegar, que por sinal já tem nome (Maria Rita).

Passado o sufoco de uma vida de trabalho no campo, ele agora vive de sombra, água fresca e, sempre que deixam, de um pouco de água que passarinho não bebe. Mas o faz sem exageros.

Cristão-católico, sempre professa a sua fé, ao lado de Rita, sua companheira de todas as horas. Aliás, são inseparáveis.

Sem nunca demonstrar aborrecimento e sempre muito espirituoso, Cícero “Arroz” soube como ninguém cultivar a amizade. Em Patu, diariamente, são muitas as pessoas que o encontram pelas ruas, ou mesmo na calçada de sua casa, e logo puxam uma boa prosa, contam-lhe uma conversa, perguntam-lhe por alguém, enfim, estreitam os laços de uma amizade sadia e gratuita.

Muito ligado à sua família, Cícero está sempre perto dela. Quando não vai ao seu encontro, a família o procura. E, mesmo quem mora mais distante, como Nélbia e Fátima, periodicamente o visita.

Inquieto, “Arroz” não é de ficar em casa, principalmente no período da manhã. Quase todos os dias, acompanhado do fiel cachorro "Rossi", faz um percurso que passa por Aparecida e Ana, vez por outra voltando pela Rua Lucas Matias, onde passa em frente à Companhia de Policia Militar, de onde alguns policiais, que o conhecem bem, sempre perguntam: “Ciço, cadê Detulho?”, apenas para ouvirem respostas bem-humoradas, nem sempre publicáveis.

Com saudades do filho Anchieta, que há muito tempo mora longe de Patu, “Arroz” costumava procurar o neto Gledson, ou Gledinho, com quem Anchieta mais se comunica. E, sem ao menos dizer bom dia ou outra saudação, Arroz indagava: “Grêdo, cadê o homem, vierá?”

Como as filhas costumam se preocupar mais com as suas saídas diárias, em função da idade, e, como os homens não fazem a mesma marcação, ele costuma dizer, em tom de brincadeira, que “as filhas torcem pela velha”, dizendo que apenas os homens “torcem” por ele.

Mas, no fundo, ele sabe que todos os filhos e filhas, sem distinção, preocupam-se com ele em razão da idade e apenas cuidam para que, além dos oitenta, outros aniversários de vida aconteçam.

E é com esse espírito, de muito respeito e principalmente carinho, que filhos, filhas, netos, netas, bisnetos e bisnetas, além de genros e noras, estarão celebrando neste domingo, 29 de agosto, essa marca importante na vida do muito bem-quisto Cícero Romão de Andrade, ou simplesmente “Cícero Arroz”, merecedor de todos os vivas.

Fonte: www.omessiense.zip.net

Nós do Olhar Crítico, parabenizamos   Seu Cícero Arroz,  pelos oitenta anos bem vividos. E desejamos que o mesmo  continue sendo muito feliz, com bastante saúde.

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