MUNICÍPIO DE PATU CHEGA AOS 119 ANOS
Ao pé de uma belíssima serra, sob a proteção de Deus e de Nossa Senhora dos Impossíveis, que ganhou Santuário próprio, está encravada a cidade de Patu. O Município faz divisa com o Estado da Paraíba e se limita com outros Municípios da região do Médio Oeste potiguar, como Messias Targino, Caraúbas, Olho D´água do Borges, Rafael Godeiro e Almino Afonso.Todos esses outros Municípios, em verdade, têm suas histórias ligadas à de Patu. Por uma ou outra razão, as histórias se relacionam, se complementam, mais das vezes se misturam. Messias Targino, por exemplo, foi distrito de Patu (quando era o Povoado do Junco) até 47 anos atrás, quando também se emancipou politicamente.
Gerador de homens e mulheres de muito valor, do ventre do Município saíram muitos filhos ilustres, que ajudaram a construir, com brilho, a história de Patu.
Economicamente, o Município chegou a viver dias melhores do que os atuais, quando havia o cultivo do algodão e quando por ele (pelo Município) passava um importante ramal ferroviário. Nos tempos em que existia até mesmo o transporte ferroviário, fazia-se grande festa na velha Estação para a chegada do imponente imbuá de ferro. O progresso econômico da época fez com que a cidade tivesse quatro agências bancárias.
Fatores diversos, porém, tiraram de Patu a riqueza do "ouro negro", o trem da Rede Ferroviária Federal e depois o seu ramal, cujos trilhos, no perímetro urbano, deram lugar a paralelepípedos. A velha Estação Ferroviária deixou de receber cargas e passageiros para receber foliões e festeiros, na agora "Praça do Povo", um lugar destinado a eventos sociais e culturais. Os bancos também se foram, e Patu ficou apenas com uma das quatro agências que dispunha.
Como uma história não se faz apenas de perdas, os ganhos também existiram, e foram muitos. Um desses ganhos foi a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), antiga Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte (FURRN). Apesar de não acompanhar as necessidades da região e não aumentar o número de cursos oferecidos (são apenas três, há décadas), o Campus da UERN em Patu continua funcionando a contento, dentro do que se pode admitir como razoável.
Outrora conhecida como a terra do cangaceiro Jesuíno Brilhante, Patu passou a ser conhecida também como a terra do Santuário do Lima, escolhido como uma das sete maravilhas do Rio Grande do Norte, segundo pesquisa do Diário de Natal, que lhe dá visibilidade além dos limites territoriais do RN.
Mais recentemente, o Município passou a adquirir notoriedade, também, pela prática do vôo livre em determinados meses do ano, quando chegam à cidade aventureiros de várias partes do País e do exterior. A rampa, feita pelas mãos divinas num dos pontos mais elevados da Serra do Lima, e as correntes de vento propícias a esse esporte radical, atraem para Patu pessoas de todas as partes, "malucos" que fazem dos céus um lugar de diversão.
Agora, toda essa história de Patu chega, neste dia 25 de setembro, aos 119 anos de vida política emancipada. Os mais recentes filhos dessa terra, nela nascidos ou por ela acolhidos, cuidam de dar seguimento à construção de sua história, feita ou refeita a cada dia.
Então, neste 25 de setembro, parabéns ao Município de Patu por mais um aniversário de emancipação política! Ao lado desta emancipação, outras aconteceram e vêm acontecendo, muitas vezes sem que se perceba.
Fonte: www.omessiense.zip.net
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